Durante a edição de 22 de setembro de 2025, Mercado Aberto dedicou uma parte significativa do programa às chamadas small caps, ou seja, ações de empresas de menor capitalização. Amanda Klein recebeu um analista da B3 que destacou cinco companhias brasileiras que apresentavam forte potencial de valorização nos próximos meses, principalmente nos setores de tecnologia, energia renovável e saúde. Os convidados apontaram que, apesar da volatilidade, esses papéis podem gerar retornos superiores a 30% ao ano, desde que os investidores estejam atentos a indicadores de fluxo de caixa e expansão internacional.
Além das recomendações, o programa abordou o cenário macroeconômico que favorece essas empresas: juros ainda acima da meta, mas em trajetória de queda, e a expectativa de estímulos à inovação por meio de linhas de crédito do BNDES. A discussão também incluiu cuidados com a liquidez e a importância de diversificar a carteira, mitigando riscos de concentração.
Em outro momento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu entrevista exclusiva ao programa. O ponto alto foi a resposta firme de Haddad ao rumor de que o governo pretenderia elevar a carga tributária para compensar o déficit fiscal. O ministro assegurou que “a sociedade não pagará impostos adicionais” no curto prazo, ressaltando que o foco está em melhorar a eficiência da arrecadação e combater a sonegação.
O discurso foi bem recebido pelos investidores presentes, que viram na estabilidade fiscal um sinal positivo para o mercado de capitais. Em paralelo, o programa trouxe à tona a recente negociação entre a Embraer e a LATAM, que culminou na venda de 24 jatos da família E-Jet.1 A transação, avaliada em cerca de R$ 2,4 bilhões, foi celebrada como um marco para a aviação comercial sul‑americana.
Entretanto, o assunto ganhou camadas de complexidade ao mencionar a preocupação com possíveis tarifas de exportação impostas pelos Estados Unidos, caso a compra seja considerada como apoio direto ao governo Trump, ainda que ele não esteja mais no poder. Analistas de comércio exterior explicaram que o risco de sanções permanece devido a acordos bilaterais e à pressão de grupos lobbies que buscam proteger a indústria aeronáutica americana.
Para fechar, Amanda Klein recebeu a diretora de relações institucionais da Embraer, que detalhou os planos de entrega dos aviões e o impacto esperado na renovação da frota da LATAM, que busca reduzir custos operacionais e melhorar a eficiência energética. A entrevista reforçou a confiança de que a aviação regional brasileira continuará a crescer, apesar das incertezas globais.