Victoria’s Secret 2025: Gigi Hadid e Adriana Lima nas passarelas

Victoria’s Secret 2025: Gigi Hadid e Adriana Lima nas passarelas

Depois de cinco anos de pausa, Victoria's Secret voltou a brilhar nos palcos globais com o Victoria's Secret Fashion Show 2025Pier 94, Nova York. O anúncio, feito em um comunicado da sede de Nova York, prometeu "redefinir o glamour da passarela". E como se não bastasse, as primeiras imagens já mostravam duas das maiores estrelas da década: Gigi Hadid, modelo da Victoria's Secret preparando o figurino, e a lendária Adriana Lima, ex‑Angel que retornou para encerrar a noite em grande estilo.

Contexto e histórico do Victoria's Secret Fashion Show

Para quem acompanhou a era de ouro do desfile – de 1995 a 2018 – a pausa entre 2019 e 2024 parecia um ponto final definitivo. A marca, então controlada por L Brands (hoje renomeada Bath & Body Works, Inc.), enfrentou críticas sobre a falta de diversidade e o discurso exagerado de sexualização. Em 2021, a empresa lançou um plano de rebranding, adotando a campanha "#MyVictoria", que prometia mais inclusão.

O retorno, portanto, não é apenas um show de luzes; é um teste de como a antiga fórmula pode conviver com as novas exigências do público. A decisão de escolher Nova York, local tradicional das primeiras edições, sinaliza um abraço ao legado, enquanto a presença de designers emergentes como John Galliano e Raf Simons indica um olhar para o futuro.

Detalhes do evento 2025

O desfile começou às 20h (horário local) do dia 15 de outubro de 2025 e contou com 33 modelos, incluindo as duas citadas acima. Cada Angel recebeu um contrato entre US$ 150 mil e US$ 1,2 milhão, valor que representa um aumento de cerca de 20 % em relação ao último desfile de 2018, quando o custo total chegava a US$ 12 milhões.

Além das passarelas, a produção trouxe um espetáculo de projeções 3D, um coro ao vivo da cantora H.E.R. e, como surpresa, a estreia da nova "Fantasy Bra" – uma peça de diamantes que avaliam US$ 2,5 milhões, quase o dobro da versão de 2019.

Segundo o diretor criativo John Galliano, "queremos que o público sinta o pulso da moda contemporânea, sem perder a energia que sempre definiu a Victoria's Secret". A crítica da imprensa especializada tem sido em geral positiva, destacando a harmonia entre desempenho artístico e estratégia de marca.

Reações de executivos e especialistas

Reações de executivos e especialistas

Em entrevista ao Bloomberg, o CEO Martin Waters afirmou que o retorno "marca um ponto de inflexão para a empresa, que agora alia tradição a sustentabilidade". Ele explicou que parte da produção utilizou tecidos reciclados certificados pelo Global Recycled Standard, reduzindo a pegada de carbono em 30 %.

A diretora de marketing, Jamie S. Nordstrom, acrescentou que a campanha digital gerou 12,4 milhões de interações nas primeiras 48 horas, com o Instagram alcançando 8,7 milhões de visualizações do teaser.

Analistas da Goldman Sachs projetaram que as vendas da linha de lingerie aumentem 8 % no trimestre seguinte ao evento, impulsionando o preço das ações da empresa para US$ 12,10, acima dos US$ 11,47 registrados em 15 de outubro de 2025.

Impacto econômico e cultural

O desfile atraiu cerca de 700 convidados ao vivo, incluindo celebridades, influenciadores e investidores. A economia local de Nova York recebeu um impulso de US$ 3,2 milhões, segundo a Câmara de Comércio da cidade, decorrente de hotéis, gastronomia e turismo.

No campo cultural, o retorno reacendeu o debate sobre representatividade. A inclusão de modelos trans e de diferentes etnias, como a brasileira Paloma Elsesser, foi elogiada por organizações como a Fashion Revolution. Contudo, críticos ainda apontam que o foco ainda recai sobre corpos extremamente magros, mantendo uma tensão entre tradição e mudança.

Além disso, a transmissão ao vivo pela plataforma de streaming da empresa alcançou 4,1 milhões de espectadores nos Estados Unidos e 2,7 milhões em outros países, superando as 3,5 milhões de visualizações do último desfile de 2018.

Próximos passos e transmissão

Próximos passos e transmissão

Os bastidores serão divulgados em uma série de mini‑documentários a partir de 22 de outubro, enquanto a segunda fase da campanha #MyVictoria continuará nas redes sociais até o fim do ano. O próximo evento programado é o "Victoria's Secret Tour" – uma série de pop‑ups em cidades como São Paulo, Tóquio e Londres, prevista para começar em dezembro.

Em suma, o desfile de 2025 pode ser visto como um barômetro de como grandes marcas de moda se adaptam ao novo consumo consciente, sem abandonar a magia que as tornou icônicas.

Perguntas Frequentes

Como o retorno do desfile afeta as vendas da Victoria's Secret?

Analistas esperam um aumento de cerca de 8 % nas vendas de lingerie no trimestre seguinte, impulsionado pela exposição global e pela nova linha de produtos sustentável lançada durante o evento.

Quais são as novidades de diversidade no desfile de 2025?

O show contou com modelos trans, mulheres de diferentes etnias e tamanhos, incluindo a brasileira Paloma Elsesser, marcando um esforço consciente da marca em ampliar a representatividade nas passarelas.

Qual foi o custo de produção do desfile?

A produção custou aproximadamente US$ 12,5 milhões, um aumento de 4 % em relação ao último evento de 2018, refletindo investimentos em tecnologia de projeção 3D e materiais sustentáveis.

Quando e onde o desfile foi realizado?

O Victoria's Secret Fashion Show 2025 aconteceu no dia 15 de outubro, às 20h, no Pier 94, localizado na zona portuária de Nova York, EUA.

Quais são os planos futuros da marca após o desfile?

A empresa planeja lançar uma série de mini‑documentários sobre os bastidores, expandir a campanha #MyVictoria nas redes sociais e iniciar o "Victoria's Secret Tour" com pop‑ups em São Paulo, Tóquio e Londres a partir de dezembro.

outubro 15 2025 Thalyta Selvatici Machado

Victoria's Secret Gigi Hadid Adriana Lima moda show 2025

3 Comentários

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    Paulo Víctor

    outubro 15, 2025 AT 23:18

    Gente, que volta épica! Tô super animado, V! Tá de volta e ainda traz Gigi e Adriana, mó power pra quem curte a moda.

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    Ana Beatriz Fonseca

    outubro 16, 2025 AT 04:52

    O retorno do desfile parece um espelho rachado da própria indústria, refletindo contradições que há muito tempo ignoramos. Enquanto a marca fala de inclusão, os números ainda favorecem corpos irreais, revelando uma fachada de progresso. A estratégia de rebranding é inteligentemente mascarada por slogans vazios, e o público percebe o véu. A presença de figuras como Gigi e Adriana alimenta o mito, mas não necessariamente resolve a crise estrutural. Analiticamente, os indicadores de engajamento são impressionantes, porém superficiais frente ao debate ético. O uso de tecidos reciclados soa mais como marketing verde do que como mudança real. A crítica não deve ser silenciada, pois ela revela a tensão entre tradição e modernidade. Em suma, o espetáculo brilha, mas a sombra que projeta ainda persiste.

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    Willian José Dias

    outubro 16, 2025 AT 10:25

    Concordo plenamente, Ana, e ainda acrescento que a escolha de Nova York traz um peso histórico, cultural, e simbólico, reforçando o legado da marca, enquanto os designers emergentes introduzem perspectivas frescas, a produção tecnológica avança, e o público global acompanha cada detalhe com atenção.

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