Derby de Madrid: Atlético destrói Real e abre mata‑mata na briga pelo título
O clássico de 27 de setembro ficou marcado como um dos confrontos mais eletrizantes da temporada. Atlético Madrid chegou ao Bernabéu com tudo e impôs um 5 a 2 que deixou os torcedores em estado de choque. O ataque dos colchoneros não só anotou cinco vezes, como desmantelou a defesa do rival, que até então mantinha uma sequência vitoriosa impecável.
O argentino Julián Álvarez foi o protagonista indiscutível. Com dois gols e participação decisiva em outras jogadas, ele se tornou o herói do dia. O primeiro veio aos 12 minutos, quando recebeu um passe em profundidade de Koke e finalizou com precisão. O segundo, quase no intervalo, completou a dobradinha após uma cobrança de falta rebatida por Álvaro Morata.
Do lado do Real Madrid, a defesa pareceu desorientada. A dupla de zagueiros, Militao e Jules Koundé, perdeu o ritmo em vários momentos, permitindo que o contra‑ataque do Atlético fosse quase inevitável. Apesar dos dois gols marcados por Vinícius Júnior e Rodrygo, a resposta veio tarde demais para mudar o placar.
O técnico Diego Simeone elogiou a postura coletiva: "Nós fizemos um plano, seguimos o esquema e nossos jogadores foram corajosos nas transições. O respeito ao rival nunca nos impediu de buscar o gol." Por outro lado, Carlo Ancelotti, que ainda falou em coletiva, admitiu que a equipe subestimou a pressão do adversário e que ajustes defensivos são urgentes.
Além da euforia dos torcedores do Atlético, o resultado tem repercussões diretas na tabela. Enquanto o time de Simeone sobe para o segundo lugar com nove pontos, o Real Madrid perde a liderança, agora com sete, e vê seu embalo interrompido. Analistas da ESPN apontam que essa derrota pode ser um ponto de inflexão, especialmente porque o calendário da LaLiga está ficando cada vez mais apertado.
Do ponto de vista tático, o Atlético brilhou ao usar um 4‑4‑2 mais compacto, explorando as laterais para abrir espaços entre as linhas de pressão. O movimento de Koke, que recuou para criar superioridade numérica no meio‑campo, foi essencial para a transição rápida. Já o Real tentou um 4‑3‑3 mais tradicional, mas falhou ao não fechar os espaços deixados pelos laterais avançados.
O próximo desafio do Atlético será contra o Sevilla, enquanto o Real encara o Valencia. Ambas as equipes já demonstram que a luta pelo título está longe de ser decidida, e a próxima rodada pode trazer ainda mais reviravoltas.
Para os amantes do futebol, o clássico serviu de lembrete de que rivalidade e estratégia podem transformar um jogo em espetáculo. O que ficou claro é que o Atlético Madrid não quer só vencer, quer mandar uma mensagem: a corrida pelo título está aberta e eles estão prontos para disputá‑la até o último minuto.