Bastou uma noite eletrizante no Heriberto Hülse para mudar o clima em torno do Criciúma na Série B. Depois de três partidas tropeçando, a equipe arrancou uma vitória de virada por 2 a 1 sobre a Ferroviária, ganhando um respiro essencial na temporada. O início, porém, foi tenso. O time visitante mostrou força logo cedo com Thayllon, que não desperdiçou o rebote após chute defendido por Kauã Moroso, deixando os torcedores do Tigre com aquele frio na barriga aos 12 minutos. Detalhe: o gol começou com bela jogada de Albano, mostrando que a Ferroviária não veio só para se defender.
A resposta dos donos da casa foi imediata e nervosa. A torcida chegou a vibrar com um gol de Diego Gonçalves, mas a alegria durou pouco: revisando o lance, o VAR detectou toque de mão e a arbitragem anulou. O Criciúma não se abateu, pressionou até Felipinho achar Marcinho com passe na medida. O meia-atacante, com faro de gol dentro da área, deixou tudo igual aos 42 minutos, animando os quase 10 mil torcedores presentes.
No segundo tempo a partida seguiu aberta, com Ferroviária tentando reverter a má fase — a equipe já vinha de duas derrotas seguidas e começava a ver a ameaça do Z-4 no retrovisor. O Criciúma sentiu cheiro de virada e não desperdiçou. Aos 33 minutos, Felipinho cruzou, Jean Carlos apareceu bem posicionado e desviou para o gol, soltando um grito de alívio no estádio e mantendo a esperança de uma recuperação na competição.
Com o resultado, o Criciúma subiu para 13º lugar e chegou a 20 pontos, o que dá um pouco mais de tranquilidade para trabalhar na reta final do primeiro turno. A crise agora bate na porta da Ferroviária: três derrotas consecutivas, queda para a 15ª posição e apenas dois pontos acima do rebaixamento. Thayllon até tentou decidir, mas a defesa vacilou e o belo início de jogo acabou apagado.
A Série B continua embolada e cada rodada traz novos enredos. Na base da superação, o Criciúma reencontra caminhos para seguir vivo, enquanto a Ferroviária precisa corrigir a rota com urgência para não afundar de vez.