Quando Marcílio Dias atacou o Avaí Futebol Clube no Estádio da Ressacada, em Florianópolis, a partida de 01/10/2025 da Copa Santa Catarina 2025 virou um mostrão de ataque.
Aos cinco minutos, Zé Eduardo abriu o placar, e o restante do primeiro tempo foi quase um placar de futebol de salão: Cesinha fez o segundo, e Zé Eduardo completou sua dupla com outro gol quatro minutos depois.
Marcílio Dias e Avaí têm uma história de altos e baixos. A última vitória decisiva de Marcílio nas dependências da Ressacada data de 02/02/2019, quando venceu por 2 a 0. Desde então, Avaí havia acumulado duas vitórias e um empate contra os visitantes, deixando a torcida do Marinheiro sedenta por revanche.
Curiosamente, o placar de 5 a 1 supera a vitória de 4 a 0 que o clube de Itajaí alcançou em 2001 – até então o maior diferencial da rivalidade. O recorde mais antigo, porém, ainda pertence a 1956, quando o Avaí venceu por 6 a 0.
O segundo tempo foi ainda mais vistoso. Jefferson Vinicius marcou o quarto gol aos 30 minutos, e Lucas Batatinha selou o 5 a 0 ainda antes do intervalo. O único gol do Avaí saiu aos 40 minutos do segundo tempo; as fontes divergem entre João Vitor (NSC Total) e o defensor João Madia (GE Globo, SCTD).
O técnico do Marcílio Dias, João Paulo, elogiou a postura ofensiva: "Começamos a partida com a mentalidade de ganhar, e o elenco respondeu com raça. Cada gol foi fruto de trabalho coletivo."
Já o treinador do Avaí, Ramon de Oliveira, reconheceu a derrota, mas manteve a esperança: "Precisamos corrigir os erros defensivos, mas ainda temos duas partidas para buscar a classificação."
A torcida do Marinheiro cantou o refrão "Marinheiro, teu sangue é de pedra" durante a sequência de gols, enquanto a torcida do Leão da Ilha ficou em silêncio, refletindo a frustração.
Com a vitória, Marcílio Dias chegou a 9 pontos, ocupando o segundo lugar do Grupo A. O Figueirense lidera com 12 pontos, tendo batido a Barra FC por 4 a 1 no mesmo sábado.
Avaí ficou com 3 pontos, ainda à margem da classificação. Para seguir, o clube precisará vencer o CRB na Série B (03/10) e depois bater a Barra FC (07/10) na Copa.
O próximo confronto de Marcílio Dias será contra o Figueirense Clube no Estádio Orlando Scarpelli, dia 04/10, às 15h. Um empate já garante a passagem para as quartas, mas a equipe sonha em avançar como líder.
Para o Avaí, a pressão aumenta. O duelo contra o CRB na Série B será decisivo para levantar a moral antes da partida decisiva contra a Barra FC.
Com 9 pontos, o Marinheiro garantiu o segundo posto do Grupo A. Um empate contra o Figueirense em 04/10 já seria suficiente para avançar às quartas, tornando a partida decisiva para o título.
As fontes divergem: o relatório da NSC Total indica João Vitor, enquanto GE Globo e SCTD apontam o defensor João Madia. Ainda não há confirmação oficial.
Antes desta partida, Marcílio havia vencido na própria Ressacada apenas duas vezes (2019 e 2021). Desde então, o Avaí acumulou duas vitórias e um empate no confronto direto.
Avaí enfrenta o CRB na Série B em 03/10, às 21h35, e depois joga contra a Barra FC na Copa Santa Catarina em 07/10, às 19h, na Arena Barra FC em Itajaí.
O Grupo A reúne os principais clubes catarinenses. O líder, Figueirense, garante vaga nas semifinais, mas as vagas dos segundos colocados ainda podem mudar até a última rodada, aumentando a competitividade.
Thalita Gonçalves
outubro 9, 2025 AT 13:00É inadmissível que, ainda em pleno século XXI, clubes de tradição como o Avaí persistam em exibir um futebol tão raso quanto o que foi testemunhado na Ressacada. A suprema demonstração de superioridade do Marcílio Dias, ao alçar cinco gols, evidencia não apenas a qualidade técnica, mas também a superioridade estrutural que o Marinheiro vem cultivando com disciplina férrea. Não se pode aceitar que a referida delegação escandalosamente despreparada mantenha, ainda, a pretensão de ser protagonista em seu próprio território. Cada falha defensiva cometida pelo Avaí evidencia uma lacuna de gestão que jamais será suprida sem reformas drásticas e, sobretudo, sem a eliminação de práticas antiquadas que ainda permeiam o clube. Portanto, a vitória avassaladora do Marcílio Dias deveria ser interpretada como um verdadeiro marco de ruptura, sinalizando o fim de uma era de mediocridade que, embora enraizada, tem sido desmascarada. Não há justificativa plausível para o que se viu; a crua realidade é que o time de Florianópolis carece de visão estratégica e de investimento inteligente. Os torcedores, por sua vez, devem reconhecer o mérito incontestável do Marinheiro e deixar de lado quaisquer ilusões românticas acerca de um retorno imediato do Avaí à sua glória passada. Em síntese, este placar serve de alerta inequívoco: o futuro do futebol catarinense pertence àqueles que ousam inovar e, sobretudo, respeitar a disciplina tática.